O zinco é um mineral que foi reconhecido como nutriente essencial para a saúde de plantas e animais na década de 1930. Ele está presente em todo o corpo, em quantidades relativamente pequenas (1,5 a 2,5g), distribuído entre órgãos, tecidos, fluidos e secreções. A maior parte do zinco está concentrada nos ossos e músculos, e apenas 3,5mg está no sangue.
É parte fundamental de um grande número de reações metabólicas, auxiliando no funcionamento de mais de 300 enzimas. Uma de suas funções principais é garantir o bom funcionamento do sistema imunológico, exercendo papel anti-inflamatório e fortalecendo a ação de antioxidantes contra os radicais livres. Ele tem papel fundamental ao longo do crescimento e desenvolvimento, participando do desenvolvimento fetal, da síntese de proteínas, da produção, armazenamento e liberação da insulina pelo pâncreas, de reações de coagulação, do funcionamento da tireoide e também influencia o desenvolvimento cerebral e a estruturação do comportamento e a aprendizagem dos seres humanos.
A deficiência de zinco foi identificada pela primeira vez na década de 1960 e é considerada uma das mais prevalentes, sendo que mais de 17% da população mundial possui risco de ingestão inadequada do mineral. Ela ocorre principalmente em países em desenvolvimento, tendo como causa principal a ingestão inadequada através de uma alimentação deficiente neste nutriente. Alguns grupos populacionais necessitam de maior atenção quanto a ingestão de zinco, como crianças em fase de crescimento, gestantes e lactantes, porque suas necessidades aumentadas colaboram para o maior risco de deficiências, além de idosos. A deficiência deste mineral pode afetar gravemente crianças e adolescentes, retardando o crescimento e desenvolvimento do corpo e comprometendo o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções, diarreias e pneumonia, podendo resultar em maior taxa de mortalidade. Os sintomas da deficiência de zinco incluem anorexia, alterações no paladar e diarreia, que comprometem a ingestão de alimentos e aumentam a perda de nutrientes, podendo agravar carências nutricionais. Deficiências crônicas afetam o sistema nervoso, atrasando o desenvolvimento motor e cognitivo e também podem afetar a tireoide e impactar na taxa metabólica.
A atenção à ingestão de alimentos ricos em zinco é uma importante forma de percepção do risco de deficiências. Uma série de alimentos podem ser considerados como fontes de zinco, como alimentos ricos em proteína, como carnes e frutos do mar, e grãos integrais. A maior parte do zinco presente nos grãos está no gérmen e no farelo. Grãos refinados podem conter até 80% menos zinco do que sua versão integral.
O conteúdo de zinco nos vegetais pode variar muito, dependendo do teor deste nutriente presente no solo em que foram cultivados. Solos fertilizados com zinco tendem a produzir plantas com maior teor de zinco em suas porções comestíveis. Dessa forma, a fertilização pode ser uma importante estratégia para a prevenção das deficiências de zinco na população, somando-se às recomendações de ingestão de alimentos fonte deste mineral.
Enfim, há uma relação direta entre a biodisponibilidade do nutriente e a necessidade de sua adição através da adubação das culturas. Com esse intuito, a iniciativa Nutrientes Para a Vida (NPV), segmento brasileiro do programa americano Nutrients for Life, ressalta sobre os benefícios do uso dos fertilizantes na qualidade e na segurança dos alimentos para consumo.
SOBRE O NPV
A Nutrientes Para Vida (NPV) tem como missão esclarecer e informar a sociedade, sobre os benefícios dos fertilizantes (ou adubos) na produção dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada.
Atua somente com informações embasadas cientificamente, de modo a explicar claramente o papel essencial dos diversos tipos de fertilizantes na segurança alimentar e nutricional, além de seu efeito multiplicador na produtividade de culturas.
Referências
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Whitney E, Rolfes SR. Understanding Nutrition. 14 ed. Cengage Learning; 2015. p. 407-40.