Com gestão responsável, fertilizantes são responsáveis pelo aumento de 50% da produção mundial de alimentos
A população mundial deverá atingir aproximadamente 10 bilhões de pessoas em 2050. Além da necessidade de aumentar a produção de alimentos, alguns agravantes são adicionados a este panorama, como a redução da população rural e o crescimento da urbana, maior exigência nutricional por parte do consumidor e necessidade de expansão da agricultura para áreas de baixa fertilidade do solo.
A despeito da importância dos fertilizantes no processo de produção de alimentos, existe uma falta de informação acentuada por parte do público em relação ao papel dos mesmos. Muitos ainda confundem os adubos com agrotóxicos.
É fundamental o entendimento de que o fertilizante é a fonte de alimento para as plantas, que irá repor os nutrientes que estão ausentes ou carentes em um solo. Da mesma forma, precisamos esclarecer que quando colhemos um fruto ou grãos de uma área, esses produtos estarão exportando os nutrientes para outros locais, principalmente para alimentar a população da cidade. Estes elementos não voltam mais para o solo e tampouco o solo tem a capacidade de criar nutrientes.
Os solos possuem quantidades definidas de nutrientes e conseguem armazenar parcialmente os elementos adicionados. Assim, pensando em uma agricultura sustentável, os nutrientes removidos pelas culturas devem impreterivelmente ser repostos. Os fertilizantes não possuem em sua composição elementos que combatam doenças e pragas, portanto eles nada têm a ver com agrotóxicos.
A nutrição da planta está muito relacionada à nutrição do ser humano. A vida moderna na cidade normalmente não permite uma alimentação equilibrada e saudável. A partir desta condição, a indústria desenvolveu suplementos alimentares para disponibilizar substâncias e nutrientes que complementam as necessidades do corpo humano, principalmente para que as pessoas possam alcançar uma vida saudável e, para alguns, conquistar um corpo perfeito.
Esse mesmo suplemento utilizado pelas pessoas para complementar as necessidades nutricionais do corpo humano é o que fazemos quando adubamos uma planta, fornecendo os nutrientes que estão carentes no solo.
Os suplementos alimentares têm sido um tema bastante discutido nos últimos anos, principalmente para os atletas, em função do gasto calórico. Eles são o complemento da dieta ou uma fonte nutricional recomendada para as atividades esportivas, e têm o propósito de auxiliar uma dieta deficitária, fornecendo uma fonte concentrada de nutrientes, vitaminas e minerais, ou outras substâncias, que promovam efeitos nutricionais ou fisiológicos nas pessoas.
Se fizermos uma analogia com as plantas, vamos chegar às mesmas condições. O solo nem sempre oferece uma alimentação (dieta) adequada para as plantas, pois pode ter a ausência de um ou mais nutrientes. Necessitamos, neste caso, fornecer este alimento de forma balanceada, com um produto que disponibilize os nutrientes em uma forma que as plantas possam aproveitar, para que seu desenvolvimento seja pleno para alcançar ótimas produções.
No caso de um ser humano, as recomendações das doses de suplemento a serem tomadas devem ser feitas por um profissional competente, como o médico ou nutrólogo. Já para as plantas, a recomendação de adubação dever ser feita por um engenheiro agrônomo.
Geralmente, os profissionais sugerem, para cada deficiência nutricional no ser humano, uma lista de alimentos ricos em determinados nutrientes. Algumas plantas têm a capacidade de concentrar o nutriente em suas partes comestíveis, que podem ser o fruto, grãos ou até mesmo folhas. Como exemplo, podemos citar brócolis e espinafre como fonte de cálcio, e couve, alface e acelga como fonte de magnésio. No entanto, esses vegetais só poderão fornecer nutrientes se estes estiverem presentes no solo. O sucessivo cultivo causa o empobrecimento nutricional do solo, sendo necessária a reposição destes nutrientes por meio da adubação, ou seja, aplicação de fertilizantes.
Desta forma, podemos entender que a nossa dieta está intimamente relacionada com os nutrientes no solo. Na ausência deles, geraremos uma planta carente nutricionalmente e, como consequência, ingeriremos menos nutrientes do que a nossa necessidade. Aqui reforçamos a importância dos fertilizantes em uma dieta nutricionalmente balanceada. Nutrir o solo é nutrir o ser humano.
Dentre os principais suplementos alimentares estão as proteínas e os aminoácidos. As proteínas são moléculas que apresentam, em sua constituição, além dos átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, os nutrientes nitrogênio, enxofre, fósforo e ferro. Estes elementos devem estar presentes no solo, caso contrário não haverá a síntese de proteínas pelo vegetal.
Com relação aos aminoácidos, podemos citar 8 que são essenciais para o ser humano, e que só podem ser adquiridos por meio da dieta alimentar: isoleucina, leucina, lisina, triptofano, valina, fenilalanina e metionina. Igualmente à proteína, as plantas precisam dos nutrientes para que a produção de aminoácidos possa acontecer. Assim, fica evidente a necessidade de disponibilidade de nutrientes no solo para que a planta possa metabolizar as substâncias que são fundamentais para o desenvolvimento e manutenção das atividades vitais do corpo humano.
Enquanto um século atrás as pessoas obtinham quantidades suficientes de nutrientes provenientes de suas dietas, cortesia do solo rico em nutrientes em que o alimento era cultivado, atualmente, as estimativas sugerem que estamos recebendo quantidades insuficientes a partir de nossos alimentos. Essa situação é dependente da riqueza de nutrientes no solo em que a planta foi cultivada; entretanto, mesmo se alimentando com produtos orgânicos, não é uma garantia de que você está recebendo alto teor de nutrientes. Grande parte dos solos se tornaram severamente esgotados de determinados nutrientes e por essa razão há a necessidade de suplementar a dieta com determinados elementos.
Alguns dos suplementos nutricionais utilizados são as mesmas fontes de fertilizantes. Podemos exemplificar com um nutriente que tem sido muito usado, o magnésio. As fontes mais comuns utilizadas em farmácias de manipulação são óxido, sulfato e cloreto de magnésio. Estes compostos também são usados como corretivos e fertilizantes na agricultura.
Assim, podemos concluir que os adubos jamais podem ser considerados como agrotóxicos, pois não só alimentam as plantas, mas também o ser humano.
É unanimidade entre os estudiosos da agronomia que só se obtêm produções condizentes com a necessidade mundial por meio da reposição dos nutrientes. Os fertilizantes, seja de origem orgânica ou mineral, são a forma de garantir a devolução dos nutrientes essenciais para as plantas e, dessa forma, aumentar a produção e suprir o consumo.
Atualmente, a população mundial é de 7,6 bilhões de pessoas e em 2050 deverá chegar a 10 bilhões. Só neste ano, mais de 14 mil pessoas morreram de fome no mundo e 825 mil estão desnutridas. A fome é uma realidade e para combatê-la é necessário produzir mais alimentos, com melhor qualidade e menos desperdício.
Segundo o engenheiro agrônomo e florestal Dr. Valter Casarin, Coordenador Científico da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), qualquer adubo aplicado ao solo, seja ele mineral ou orgânico, “tem o propósito de elevar o teor dos nutrientes dentro de patamares pré-estabelecidos pela pesquisa e, assim, nutrir a planta adequadamente. Quando fornecemos esses nutrientes em quantidades balanceadas ao solo, estamos beneficiando sua fertilidade e promovendo a disponibilidade de alimento para as plantas. O uso do adubo correto, na dose, local e época certos é o caminho para manter a sustentabilidade do sistema e o respeito ao meio ambiente”.
Fonte: Assessoria de Imprensa