O papel da adubação, seus benefícios para a nutrição das plantas e das pessoas
Iniciativa Nutrientes para a Vida dissemina informações científicas para conscientizar a sociedade sobre a importância dos fertilizantes
Todas as plantas precisam de nutrientes para garantir seu crescimento e desenvolvimento. Elas selecionam e extraem o que necessitam no ambiente circundante: do ar atmosférico retira o carbono do dióxido de carbono (CO2) e o oxigênio (O2) e, do solo, o hidrogênio (H2) oriundo da água.
O carbono, hidrogênio e oxigênio representam 90% ou mais da matéria seca de uma planta. Esses elementos são fornecidos pelos gases O2, CO2 e pela água. Assim, o carbono necessário para a fotossíntese da planta é fornecido pelo ar. No processo fotossintético a planta transforma a energia luminosa do sol em energia química, ou seja, ela produz seu próprio alimento, que irá gerar o alimento para os animais, como é o caso de folhas comestíveis (alface e rúcula), frutos (laranja e banana) e raízes (mandioca e cenoura).
Para que a fotossíntese ocorra, além das folhas captarem a energia solar, deve haver o devido fornecimento de nutrientes e água para as raízes. Esses são os ingredientes fundamentais para as plantas produzirem carboidratos e a liberação de oxigênio na atmosfera.
O solo fornece a maior parte da água e dos nutrientes, como íons inorgânicos. Aliás, junto com a água, as raízes absorvem uma solução muito diluída dos íons de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e micronutrientes (boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco).
Cerca de cem elementos foram detectados nas plantas, mas apenas 17 deles são considerados verdadeiramente indispensáveis para que a planta produza nosso alimento.
Podemos distinguir:
• Nove nutrientes “principais” envolvidos na formação de tecidos vegetais: carbono, oxigênio, hidrogênio e os macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre);
• Os micronutrientes que estão presentes em quantidades muito pequenas, mas desempenham papel essencial nos mecanismos de crescimento e de frutificação das plantas. Eles são essenciais para a saúde de plantas e animais;
A composição das plantas em nutrientes varia de acordo com a espécie, a idade e a natureza dos órgãos e, principalmente, a composição do solo.
O nitrogênio é absorvido preferencialmente do solo na forma de íons de amônio (NH4+) e nitrato (NO3-). No entanto, muitas espécies de leguminosas têm a capacidade de fixar o nitrogênio do ar (N2) e transformá-lo em nitrogênio amoniacal e, posteriormente, em carboidrato e proteína. Essas espécies apresentam em suas raízes a presença de nódulos que são o resultado de uma simbiose entre bactérias fixadoras de nitrogênio e as raízes das leguminosas. Alguns exemplos de leguminosas, plantas cujo fruto é uma vagem, são: ervilha, feijão e soja.
Necessidades das culturas
A deficiência de nutrientes essenciais limita o crescimento da planta. As exigências nutricionais variam ligeiramente de espécie para espécie, mas, as quantidades necessárias na agricultura comercial para a geração de alimentos e matérias primas vegetais são determinadas também pelo potencial de produção da cultura e pelos requerimentos de qualidade dos alimentos. O ambiente (clima, solo), o material genético da planta cultivada, o grau tecnológico entre outros fatores, afetam o potencial de produção da cultura e, consequentemente as quantidades de nutrientes exigidas. Assim, o adequado manejo nutricional é complexo e exige profissionais treinados.
Um ponto importante é distinguir a exigência das plantas por nutrientes, como mostrado acima, das exportações de nutrientes. Esta última se refere aos nutrientes que são removidas com a colheita, empobrecendo o solo. As quantidades exportadas geralmente representam o mínimo que deve ser reposto por meio de fertilizantes para manter o solo produtivo.
As folhas não podem substituir totalmente as raízes na função de nutrir as plantas, mas elas são uma via adicional para absorver água e nutrientes essenciais em alguns casos especiais.
O diagnóstico da nutrição
A análise da planta é frequentemente utilizada como resultado do aparecimento de sintomas visuais de deficiência nutricional. Deficiência pode ser entendida como a ausência, presença insuficiente ou falta de assimilação de um elemento essencial à vida vegetal.
A deficiência de um nutriente essencial à vida vegetal pode ser corrigida através da aplicação de fertilizantes via solo ou foliar. Para evitar deficiência nutricional, que pode ser detectada pela combinação de análises químicas do solo e a análise do tecido vegetal (análise de folhas), é preferível adotar o manejo com adubações preventivas.
A análise de folhas complementa a análise do solo. A coleta de amostras de folhas deve seguir o procedimento específico para cada espécie vegetal. O estágio de desenvolvimento da cultura, o órgão vegetal colhido e o tempo de amostragem são critérios a fundamentais.
O diagnóstico nutricional requer conhecimentos que possam integrar o efeito do clima, da genética e das condições de nutrição das plantas e as informações do agricultor.
O ciclo de nutrientes
Não há alternativa: todas as plantas precisam de nutrientes para crescer. Os solos nem sempre são incapazes de fornecer todos os nutrientes e nas quantidades exigidas. Assim, é preciso complementar com fertilizantes de modo a garantir a produção sustentável de alimentos agora e no futuro.
Nutrientes para a Vida
Todo ser vivo necessita de nutrientes. Eles são incorporados ao seu metabolismo para manter o ciclo vital. Portanto, as plantas também precisam de nutrientes e é justamente nos fertilizantes que eles se encontram.
É para garantir que as plantas recebam todos os elementos essenciais a seu bom desenvolvimento, habilitando-se assim, para a produção de culturas de fato saudáveis para a alimentação humana que a Iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV) trabalha ininterruptamente. Sua missão é esclarecer a sociedade brasileira, com base em estudos científicos, sobre a importância e os benefícios dos fertilizantes na produção e qualidade dos alimentos bem como sua utilização adequada.
A NPV é uma extensão nacional do projeto Nutrients For Life, que já colhe importantes frutos em outros países, como Estados Unidos, onde nasceu, Canadá, México e Colômbia. Destaca o papel essencial dos diversos tipos de fertilizantes na segurança alimentar e nutricional, além de seu efeito multiplicador na produtividade de culturas.
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